Capítulo 1: Outro dia quase comum

Desde que eu me tornei imortal minha vida tem se tornado muito tediosa, só caminhar, matar, ir para aquela escolinha de merda e fingir que eu estudo e fazer as pessoas sofrerem. Quem não se cansaria? Tecnicamente tenho 18 anos, para falar a verdade eu tenho vinte e cinco anos, então eu estou paralisada por sete anos até hoje, desde que eu fui amaldiçoada fiquei paralisada no meu rosto de 18, no meu corpo de 18 e na mentalidade de 18; uma droga, não? O pior é ver todas aquelas humaninhas fúteis querendo ser eu, se elas soubessem quem eu sou pensariam totalmente o contrário! Seria tão fácil pra eu matar todos de uma vez só, mas eu não quero, pois sou uma criatura boa. Mentira! Eu não sou uma criatura boa e só não mato eles, pois se eu matar todos com quem eu vou me divertir e matar minha sede? Eu já até tentei me suicidar só que nunca dá certo, o máximo que acontece é ficar machucada por 5 segundos e depois eu volto, novinha em folha! Eu moro no Canadá, Montreal, eu moro em uma mansão no Portal do Céu, sim, é o lugar onde fica a minha mansão; mas é super irônico porque se eu tivesse que morrer eu iria para o inferno não para o céu. E para resumir a minha vida eu tenho somente uma amiga, ela se chama Carolina e eu conto com ela para tudo, ela sabe de todos os meus segredos e mesmo assim fica comigo para o que der e vier, mas se eu fosse a Carol, eu já teria fugido para bem longe de mim; pois se eu, um dia não tiver me alimentado direito com um desses humanos inúteis eu posso acabar machucando-a. Eu, má? Não, somente... Má. E qualquer um pode procurar para cacete alguma bondade em mim, mas nunca irão achar! Levantei-me da minha cama, vesti uma roupa, peguei minha bolsa e meu fichário e fui tomar café da manhã. Coloquei meus materiais no Porsche amarelo e fui para a floresta que ficava pertinho da minha casa.


Respirei fundo e meus olhos se reviraram, meu lado diabólico estava começando a se revelar. Devia ter algum humano perambulando por aí às seis horas da manhã, pois eu senti um cheiro delicioso, quente, pulsante e que deixaria meu corpo latejando em segundos. Segui o cheiro e corri quando cheguei mais perto eu percebi que eram dois bêbados vagabundos perambulando por aí, dei de ombros, é melhor do que nada.

Cheguei perto deles e comecei a ouvir o que eu ouvia antes de matar todos os garotos.

- Que gostosa! –

- Ta afim querida? –

Ignorei as blasfêmias e fui direto ao ponto, cheguei perto de um mordi seu pescoço e o sangue me atingiu totalmente inebriante. Bebi até a última gota e parti para o outro que tentava correr, mas falhava, pois ele estava cambaleando. Acabei e fui para o meu carro, eu não estava nem um pouco suja então fui para a escola do jeito que eu estava. Cheguei à escola, me olhei no espelho e percebi que eu estava mais ruborizada que ontem e meus lábios estavam mais vermelhos, que desastre! Isso chamaria atenção dos garotos com os hormônios pipocando, mais que o normal.

Cheguei à escola e Carol já estava me esperando no portão.

- Oi Karla, como o final de semana? – Ela me perguntou enquanto me abraçava.

- O meu final de semana foi bom e o seu? – Perguntei.

- Foi bom também, o que você fez? –

Sorri para ela e nós fomos para as nossas aulas.

As três primeiras aulas passaram rápidas e logo eu fui para o refeitório com a Carol. Quando sentamos na nossa mesa ela disse:

- Já viu o garoto novo? Ele é muito lindo. –

- Não, não vi. Onde ele ta? – Perguntei curiosa.

- Ali. – Ela apontou para uma mesa atrás de nós e eu o vi.

Mas o único problema é que eu não senti a mesma coisa que eu sentia por todos os humanos: ódio. Eu senti uma coisa estranha que eu não sentia há muito tempo em mim, mas eu fiquei tanto tempo sem sentir certas emoções que eu não sabia o que eu estava sentindo. Ignorei e falei:

- Ele nem é tão grande coisa assim. –

- É! Você nunca acha. – Carolina falou como se o que eu disse fosse super normal.

Dei de ombros e perguntei.

- De onde ele é? –

- Ele é de Nova Iorque. –

- Quantos anos ele tem? –

- 18. –

- Ah, e como ele chama? –

- Edward. –

- Edward! Parece mais um nome para nossos avôs e não para um garoto de 18 anos! –

- Ah é? E o seu nome que é Karla Rosalie Karolyna Elizabeth Cyrus? Ta mais para nome de rainha de tão grande que é. –

Ri e respirei fundo, foi ai que o cheiro dele me atingiu, mais forte que qualquer um. Eu preciso provar, eu preciso. O monstro em mim começou a se atiçar e eu falei.

- Carol, me leve daqui. – Ela se levantou, me puxou, colocou meu braço em cima de seu ombro, me levou para o estacionamento e me sentou no meu Porsche.

- Você vai pra casa?- Ela perguntou preocupada.

- Vou, mas você deve ficar aqui, não perca as aulas! – Falei.

- Ta. – Ela me deu um beijo no rosto e voltou para a escola.

Dirigi até a casa da Carolina e escalei até a janela do quarto dela.

Deitei na cama da Carol, fechei os olhos e senti o cheiro.

Carol é muito cheirosa, no sentido do cheiro do sangue dela, e por onde ela passa o cheiro fica. Eu me lembro da vez que quase a mordi como se fosse hoje, mas não era hora para me lembrar disso.

Eu só pensava em Edward, em como ele é cheiroso e lindo.

Ouvi o barulho do carro da Carol e fiquei contando o tempo para ela subir ao quarto.

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1. Ela abriu a porta do quarto, entrou e fechou a porta, como a luz estava apagada e a janela estava fechada a Carol não me viu. Quando ela ligou a luz e olhou para traz, ela deu um grito e eu comecei a rir.

- Ta com medo de mim Carolina? –

- Não, você só me assustou. Da última vez que você estava aqui e eu estava sozinha foi meio... Estranho. –

Quando ela disse isso eu me lembrei de tudo.

Quando minhas lembranças acabaram eu comecei a me debater.

- Não! Eu não sou um monstro, eu não quero ser um monstro, eu não queria, eu quero ser boa, eu não posso continuar vivendo e fazendo isso, me mate! –

- Shhh, calma Karla, vai ficar tudo bem. Calma, shhh. –

Ela me deitou no travesseiro, me cobriu e foi assim que eu dormi.

Capítulo 1: Outro dia quase comum

Desde que eu me tornei imortal minha vida tem se tornado muito tediosa, só caminhar, matar, ir para aquela escolinha de merda e fingir que eu estudo e fazer as pessoas sofrerem. Quem não se cansaria? Tecnicamente tenho 18 anos, para falar a verdade eu tenho vinte e cinco anos, então eu estou paralisada por sete anos até hoje, desde que eu fui amaldiçoada fiquei paralisada no meu rosto de 18, no meu corpo de 18 e na mentalidade de 18; uma droga, não? O pior é ver todas aquelas humaninhas fúteis querendo ser eu, se elas soubessem quem eu sou pensariam totalmente o contrário! Seria tão fácil pra eu matar todos de uma vez só, mas eu não quero, pois sou uma criatura boa. Mentira! Eu não sou uma criatura boa e só não mato eles, pois se eu matar todos com quem eu vou me divertir e matar minha sede? Eu já até tentei me suicidar só que nunca dá certo, o máximo que acontece é ficar machucada por 5 segundos e depois eu volto, novinha em folha! Eu moro no Canadá, Montreal, eu moro em uma mansão no Portal do Céu, sim, é o lugar onde fica a minha mansão; mas é super irônico porque se eu tivesse que morrer eu iria para o inferno não para o céu. E para resumir a minha vida eu tenho somente uma amiga, ela se chama Carolina e eu conto com ela para tudo, ela sabe de todos os meus segredos e mesmo assim fica comigo para o que der e vier, mas se eu fosse a Carol, eu já teria fugido para bem longe de mim; pois se eu, um dia não tiver me alimentado direito com um desses humanos inúteis eu posso acabar machucando-a. Eu, má? Não, somente... Má. E qualquer um pode procurar para cacete alguma bondade em mim, mas nunca irão achar! Levantei-me da minha cama, vesti uma roupa, peguei minha bolsa e meu fichário e fui tomar café da manhã. Coloquei meus materiais no Porsche amarelo e fui para a floresta que ficava pertinho da minha casa.


Respirei fundo e meus olhos se reviraram, meu lado diabólico estava começando a se revelar. Devia ter algum humano perambulando por aí às seis horas da manhã, pois eu senti um cheiro delicioso, quente, pulsante e que deixaria meu corpo latejando em segundos. Segui o cheiro e corri quando cheguei mais perto eu percebi que eram dois bêbados vagabundos perambulando por aí, dei de ombros, é melhor do que nada.

Cheguei perto deles e comecei a ouvir o que eu ouvia antes de matar todos os garotos.

- Que gostosa! –

- Ta afim querida? –

Ignorei as blasfêmias e fui direto ao ponto, cheguei perto de um mordi seu pescoço e o sangue me atingiu totalmente inebriante. Bebi até a última gota e parti para o outro que tentava correr, mas falhava, pois ele estava cambaleando. Acabei e fui para o meu carro, eu não estava nem um pouco suja então fui para a escola do jeito que eu estava. Cheguei à escola, me olhei no espelho e percebi que eu estava mais ruborizada que ontem e meus lábios estavam mais vermelhos, que desastre! Isso chamaria atenção dos garotos com os hormônios pipocando, mais que o normal.

Cheguei à escola e Carol já estava me esperando no portão.

- Oi Karla, como o final de semana? – Ela me perguntou enquanto me abraçava.

- O meu final de semana foi bom e o seu? – Perguntei.

- Foi bom também, o que você fez? –

Sorri para ela e nós fomos para as nossas aulas.

As três primeiras aulas passaram rápidas e logo eu fui para o refeitório com a Carol. Quando sentamos na nossa mesa ela disse:

- Já viu o garoto novo? Ele é muito lindo. –

- Não, não vi. Onde ele ta? – Perguntei curiosa.

- Ali. – Ela apontou para uma mesa atrás de nós e eu o vi.

Mas o único problema é que eu não senti a mesma coisa que eu sentia por todos os humanos: ódio. Eu senti uma coisa estranha que eu não sentia há muito tempo em mim, mas eu fiquei tanto tempo sem sentir certas emoções que eu não sabia o que eu estava sentindo. Ignorei e falei:

- Ele nem é tão grande coisa assim. –

- É! Você nunca acha. – Carolina falou como se o que eu disse fosse super normal.

Dei de ombros e perguntei.

- De onde ele é? –

- Ele é de Nova Iorque. –

- Quantos anos ele tem? –

- 18. –

- Ah, e como ele chama? –

- Edward. –

- Edward! Parece mais um nome para nossos avôs e não para um garoto de 18 anos! –

- Ah é? E o seu nome que é Karla Rosalie Karolyna Elizabeth Cyrus? Ta mais para nome de rainha de tão grande que é. –

Ri e respirei fundo, foi ai que o cheiro dele me atingiu, mais forte que qualquer um. Eu preciso provar, eu preciso. O monstro em mim começou a se atiçar e eu falei.

- Carol, me leve daqui. – Ela se levantou, me puxou, colocou meu braço em cima de seu ombro, me levou para o estacionamento e me sentou no meu Porsche.

- Você vai pra casa?- Ela perguntou preocupada.

- Vou, mas você deve ficar aqui, não perca as aulas! – Falei.

- Ta. – Ela me deu um beijo no rosto e voltou para a escola.

Dirigi até a casa da Carolina e escalei até a janela do quarto dela.

Deitei na cama da Carol, fechei os olhos e senti o cheiro.

Carol é muito cheirosa, no sentido do cheiro do sangue dela, e por onde ela passa o cheiro fica. Eu me lembro da vez que quase a mordi como se fosse hoje, mas não era hora para me lembrar disso.

Eu só pensava em Edward, em como ele é cheiroso e lindo.

Ouvi o barulho do carro da Carol e fiquei contando o tempo para ela subir ao quarto.

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1. Ela abriu a porta do quarto, entrou e fechou a porta, como a luz estava apagada e a janela estava fechada a Carol não me viu. Quando ela ligou a luz e olhou para traz, ela deu um grito e eu comecei a rir.

- Ta com medo de mim Carolina? –

- Não, você só me assustou. Da última vez que você estava aqui e eu estava sozinha foi meio... Estranho. –

Quando ela disse isso eu me lembrei de tudo.

Quando minhas lembranças acabaram eu comecei a me debater.

- Não! Eu não sou um monstro, eu não quero ser um monstro, eu não queria, eu quero ser boa, eu não posso continuar vivendo e fazendo isso, me mate! –

- Shhh, calma Karla, vai ficar tudo bem. Calma, shhh. –

Ela me deitou no travesseiro, me cobriu e foi assim que eu dormi.